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segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Sem Medo.




As sensações agora são turvas
Não compreende nada a sua volta
Ele se vê em meio a esses sentimentos
Não entendendo por que ainda continua por ali

Talvez o tempo que tenha passado ainda não seja suficiente
Talvez suas lembranças ainda estejam vivas demais para que sejam ignoradas
Talvez ele nem queira esquecê-las
Ou então tenha ainda forças para insistir novamente

Não demora então deita em sua cama envolta a essas brumas sentimentais
E em breve pensamento deseja ter um sonho calmo
Fecha seus olhos lentamente como quem luta contra o sono
Cantarolando uma ciranda antiga que aprendera quando criança

Uma lágrima escorre pelo seu rosto
O desenho de um sorriso agora é percebido
Nesse momento ele tem a certeza que por mais que suas batalhas sejam lentas
Ele em plena consciência por ali deve continuar

Até que o sentimento desapareça e a visão não seja mais turva
Até que o nome que tanto lhe acomete durante o doloroso tempo suma
Que seus desejos não tenham mais dona e ele não tenha mais medo
Até que a tristeza suma e as alegrias novamente lhe venham à tona