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terça-feira, 7 de outubro de 2014

Desconectado!



Por: Carlos Grison.


Como um conector desconectado
Como uma sambista sem seu rebolado
Inventa uma história sabe como é
Que sofre a vida inteira por uma mulher

Como um soneto deseja sua rima
Como a tensão requer sua polia
E um mar agitado na baixa maré
Como tudo que se pensa
Em tudo que se é

Só não se sabe quem manda
Se é sua cabeça ou os seus pés
Vive um lindo faz de conta
Fingindo gostar de quem ele é 

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Amanhecer.



Por: Carlos Grison.



Todo o dia eu vou para a janela
Para esperar ela chegar
Ela está sempre preguiçosa ela é dengosa
Custa aparecer

Todo o dia traz um quadro novo
Que acabou de fazer
Ela é pura luz é brasa mora ela é dengosa
É linda de se ver

Ela é a manhã
E o amanhã está longe
Vem logo sem demora
Sem manha para acordar

terça-feira, 19 de agosto de 2014

Bem Me Quer Mal Me Quer.


Por: Carlos Grison.



É
Quando menos se espera vem o que se quer
E quando a atenção não está na guarda
Você encontra uma alma que vai lhe alegrar

É
Veja bem como as coisas são
Ainda mais quando envolve o coração
Não conseguimos nos controlar

É
A imaginação corre solta
Sonhamos com momentos de paz
Criando um filme com cenas de vida boa

Sim
Quando menos esperamos ceder
Algo novo faz acontecer
Eu juro não queria que fosse

Mas já que é assim
Olhei para você
Você olhou para mim
Nossos olhos gostaram do que viram

Então deixa estar
Deixa a vida aprontar
Deixamos as almas se encontrarem
Para vermos no que vai dar

No pior dos casos
O que de pior pode acontecer?
É não nos apaixonarmos
Mas sermos amigos para valer

Se bem aqui dentro
Confesso meu desejo
Não esconde
Desejar você

E seja então
Bem vindo o que vier
Enquanto ela não chega eu sigo em frente
No bem me quer ou mal me quer

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Criando Sonhos por Você.





Por: Carlos Grison.


Sempre que anoto em meus pensamentos
As frases para compor uma canção
Desenho ela ali cantarolando
Tocando calma seu violão

Sempre que ando por ai sonhando
Sem ter caminhos para seguir
Penso que bom seria estar com ela
Poder segurar sua mão

Eu juro que não preciso de muito
Muito é demais em qualquer lugar
Mas com você eu teria tudo
Só para ver de perto o brilho desse olhar

E por aqui eu fantasio tudo
Uma valsa um tango um rock in roll
Um samba de vela feito só para ela
Para despertar o seu amor 

terça-feira, 29 de julho de 2014

Você Querendo Ou Não!


Por: Carlos Grison.


Ela nos bate nos levantamos
Não temos medo
Vamos cantando
Seguimos fácil tudo que nos traga paz

O mau nos espreita
Mas não nos espantamos
Rimos agora não nos leve a mau
Mas por aqui meu inimigo anda tudo bem

Não acreditamos nessa conversa
De que o mundo
Já não mais presta
Nós tiramos onda nós gargalhamos por qualquer coisa

E se a onda da sujeira aproximar
Mergulhamos esperando ela passar
Por que por aqui nosso inimigo
Não consegue suportar o bem

Ta Beleza então
Fica fora de questão
O jogo falido da tua pressão
Nós não gritamos seguimos a paixão

Cantamos alto
Não descemos a lenha
Enchendo nossos copos com a mente cheia
Das boas lembranças dos nossos irmãos

Então segue o mundão
Fazendo jus ao nome cão
Enquanto por aqui só de pirraça
Criamos outra canção

E não a nada que nos faça recuar
Nós merecemos a chance de sair desse berço
Dessa lama que corrompe e só inflama
Nós merecemos a paz você querendo ou não


quinta-feira, 26 de junho de 2014

Se Eu Pudesse.




Por: Carlos Grison. 

Nesse eterno bem me quer
Estendo-te a mão
Abro o peito
E lhe empresto o coração se necessário

Nesse eterno por do sol
Deixo o olhar focado na tua pele
Clara como a neve
Lisa como a seda
Sugerindo-me aos desejos teus

Ah se eu pudesse lhe mostrar o caminho que vejo
Se com um sussurro eu pudesse lhe explicar um poema inteiro
Se com pouco do muito amor que possuo pudesse cá comigo estar
Dar-lhe-ia um mundo inteiro do nada do pouco que tenho

Ah se pudesse a brisa levar os carinhos meus aos sonhos teus
Seriamos então nós sem resenhas alheias
Sem trincheiras de guerras do amor
Apenas nós em um eterno mar de quando será que seremos apenas nós dois

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Aos Amigos!



Por: Carlos Grison.


Acho que sim que já
Logo que vou voltar
E dessa vez serei eu por inteiro
Você querendo ou não concordar

Senti saudades sim
Amigo vai por mim
É muito difícil conhecer
Gente que é do bem como você

Amigo é coisa boa para lembrar
Amigo é aquele que se pode contar
Compartilhar segredos confessar os erros e os acertos
Amigo como é bom poder te amar

Eu sou do time de quem é do bem
Que pensa que o simples é demais
E quando eu estou junto de você
Amigo eu me sinto sempre paz

Pode ser em Rondônia Paraná Minas Gerais
Rio Grande na Bahia ou em Goiás
Não importa a distância o amor não conhece medidas
Enfrenta a lonjura com alegria

Carrega nossos sonhos abraços despedidas
Sempre mantendo nossa amizade viva
Amigo é coisa boa de lembrar
Amigo como é bom poder te amar

sábado, 7 de junho de 2014

Bailarina.




Por: Carlos Grison.
Dedicada a Carina.


Ela respira poesia
Ela encanta quando dança
Mulher com jeito de menina
Menina com sorriso de criança

Ela preenche todo o palco
É pessoa de se admirar
Perfeita com seus saltos altos
Bailarinando por todo o lugar

Ela irradia um brilho diferente
Transmite paz para quem não está contente
Acalma a dor daquele que elogia
E afaga a todos com o seu amor

Troco toda uma vida por mais um segundo  
Para sentir esse bem outra vez
Sou tão feliz por lhe ter como amiga
Bailarina do meu bem querer

E ela encanta a todos que a veem
Sempre sorrindo com jeito zen
Ela ilumina e moça lamparina
Ela é relíquia em posses do bem

sexta-feira, 6 de junho de 2014

Viva Leve.




Por: Carlos Grison. 
Dedicado a minha gentil e sorridente amiga Emanuela.


Agora tuas asas tomam a liberdade no ar
Conquistando o céu a mando da tua vontade
É tu a responsável pelos teus planos de voo agora

O horizonte clama por teu nome
Sente o vento que acaricia teu rosto
E vai de encontro aos teus desejos

Lembre se que nada poderá lhe impedir
E só haverá uma pessoa nesse mundo que poderá lhe deter
Atenta te agora a esse espelho e encara bem a tua imagem
Você é o único ser que pode destruir seus sonhos

É claro que haverá sempre aqueles que serão contra
Contra a tua sede de felicidade
Contra teu desejo que saciar a fome de andança dos teus pés
E você por vezes vai sentir se só e triste

Porém
Lembra-te dos motivos que lhe colocaram nessa jornada
Não te afaste das tuas fantasias e permaneça na estrada
Sorridente bela gentil

Respira leve
Sabendo que existem aqueles que estão ao teu lado mesmo distante
E que terás sempre a torcida dos teus semelhantes
E não esquece

Da vida se leva o que para ela é dado
E nesse saldo de contas
Tens limite infinito com toda tua gentileza e alegria

Agora voa livre
Voa linda
Sonha sempre
Por toda a vida

sábado, 31 de maio de 2014

Aviso ao Maus de Coração!


Por: Carlos Grison.

Eu ei de perder em algum ataque
Algumas feridas machucarão
Eu ei de esfolar meus joelhos
E ei de ser arrebatado pelo fogo dos injustos

Mas farei prevalecer o meu intelecto
Serei fiel aos meus princípios
E ei  de com toda a certeza que me brota ao peito
Passar vitorioso por essa tempestade negra

Gente ruim...  que cultuam a tempestade

Essa carrasca criada pelos maus de coração
Que açoitam minhas costas e difamam as minhas intenções
Bradando por todos os cantos a calunia de suas ideias
Tentando desesperadamente expulsar-me de meu caminho de lutas justas

Porém ei de revidar mil vezes
Um milhão de vezes se preciso
Para fazer vencer minha verdade
Para que meus versos e feitos ecoem na eternidade daqueles que me conhecem

E é com essa escrita que envio meu recado aos meus algozes
Saboreiem minhas lágrimas de tristezas
Fomentem suas míseras e injustas vitórias enquanto podem
Pois eu ei de provar que contra um espírito sedento por paz e amor
Não há de haver armas ou pessoas que me impedirão de levantar
Não haverá maldade que me fará desgarrar de minhas ideologias
Pois eu ei de me tornar um aviso vivo e triunfante
De que a minha fé é maior que a força de mil vulcões

Serei eu o selo de todos os maus que me cerceiam
Serei eu então o algoz de suas derrotas
Sem ganancia sem armas nada de violência
Pairando sobre os cantos da minha limpa e bem intencionada consciência 

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Para Poder lhe Ver.




Por: Carlos Grison.

Se para lhe ver preciso de tempo
Preciso escutar a sua voz apenas
Ler seus recados fazendo poemas
Sentir a vontade de lhe dar um abraço
Sentir o seu cheiro e o gosto do beijo
Faço de mim as areias do próprio
Como em uma ampulheta descendo as beiras
Avisando que os dias tornam-se mais curtos

Se para lhe ver é preciso paciência
Encho de calma a minha dispensa
Conforto meus sonhos sem usar a clemência
Deixando o desejo ficar na dormência
Desenhando sapiente a hora do encontro
Pensando quem sabe em carinhar o seu rosto
E ver em seus olhos um caminho sereno

Pois se para lhe ver é preciso o tempo
Serei eu os ponteiros do meu próprio relógio
A cada segundo contando as horas

Para poder ver de perto aquela que já adoro

Mulheres.



Por: Carlos Grison.

Ah
Quando a Nega quer
O seu homem dança
A Nega domina
E quando ela samba
Da a recompensa ao homem que ama

Elas são assim
Mulheres são rosas de eterno florir
Elas querem tudo e mesmo assim
Nada no mundo vai lhes agradar

Pois é
A gente compõe recita poemas
E com serenatas e muita fraqueza
Entregamos para elas todo o nosso amor

E o peito
Fica ali aberto totalmente indefeso
Chorando suas lágrimas enquanto ilesas
Com seus saltos altos vão se distanciar


Pois é...

terça-feira, 13 de maio de 2014

Um Sonho Possível.



Por: Carlos Grison.

Fiquei calado
Surdo e mudo
Sem reação
Quando ela apareceu

Se era um sonho
Era maluco
Um absurdo
Era muita beleza para um cara como eu

Que só queria era falar com ela
Saber quem era para saber
Se ela era mesmo aquela uma
Naquele sonho que era meu

Aproximou se
Sentou se muda
Bebeu seu vinho
Logo depois esmoreceu

Eu vi suas lágrimas
Escutei os seus soluços
Por que haveria uma mulher tão linda
Tão triste estar

E eu só queria era falar com ela
Saber quem era para saber
Por que a bela estava assim sozinha
Naquele sonho que era meu

Aproximei me escutei a sua história
Falou seu nome e dos seus planos
Eu lhe aconselhei que ficasse calma
Para que a vida não lhe fosse um fardo mal

Ela sorriu dizendo que queria a liberdade
Que amava ser somente ela
Sem que houvesse os grilhões
Das mendicâncias do amor

E eu ali falando com ela
Sabendo quem era ela para saber
Se ela era mesmo aquela uma

Dentro de um sonho que era só meu 

quarta-feira, 30 de abril de 2014

Solitude.


Por: Carlos Grison.

Aqui olhando para a chuva que traça as suas partituras majestosas por onde cai, penso nos dias de minha solitude.

Não.

Não pense que eu estou sentindo-me triste, nostálgico. Ela foi minha melhor amiga em tempos amargos onde minhas paredes viraram companheiras de meu choro ácido e derradeiro, tornando-se espectadoras dos sonhos meus.

Ela que sempre manteve se amiga agora anda longe e o preço é alto por ter ficado tão intimo dessa fiel companheira.

Sinto falta do silêncio brotando-me aos ouvidos e poder tocar nas cordas de meu violão imaginando que minhas canções nalgum dia encontrariam seus pertencentes.

Sinto falta das noites em que a lua ali nua, crua de seus sentimentos inspirava um quadro inteiro de serenas paragens aos olhos meus. E claro ela sempre ali. Minha fiel escudeira. Assim como a chuva é para a nuvem e o mar é para o sal... Completos.

Saudades de minhas alusões e ensaios sobre a vida que caminha em finas tiras até chegar ao seu fim que de mim penso ainda estar longe.

Minha querida amiga anda distraída.

Mas logo dará o ar da sua graça e aqui eu calo e apenas a espero.

Em silêncio como sempre eu espero.

Mantendo-me calmo. Assertivo em minhas palavras e mais cuidadoso ainda com meus pensamentos.

Por que dela já não mais dependo, mas toda vez que tento aproximar-me de alguém que desperta o meu interesse, lembro-me  de minha querida amiga perene e eu tento, eu juro que tento não boicotar os sentimentos para que com a solitude eu possa viver somente o fim do meu tempo.

Paro Olho Escuto e Escrevo.




Por: Carlos Grison

Estou aqui pensando cá com meus botões, que gostaria de ver as pessoas atuando no palco da vida com mais atitude e menos firula! Sabe firula? Encenação? Faz de conta?

Ando prestando atenção nos movimentos da moçada Brazuca e confesso que não ando muito contente com as conclusões nas quais tenho tido o desprazer de chegar.

Somos todos macacos?

Discussãozinha meio retrógrada essa não é pessoal?

Estou aqui matutando e calculando os anos que o mundo (o globo, esse planeta que chamamos de terra), ainda vive essa realidade do racismo que vem lá de antes de cristo e lá vai pedrinha e a moçada ao invés de ter atitude e realmente mudar, fica nessa de postar fotos, fica nessa de meter a boca no trombone e não percebe que está surfando na malha da moda que se espalha mais rápido que napalm corroendo apele e queimando a alma.

Tudo que estou vendo e lendo nas redes sociais, jornais (aquele de papel que você compra nas bancas sabe? Sim existe viu?! E forma opinião. Ainda tem jornal ((aquele de papel)) bom por ai), me arremete a um sentimento de moda!

Já pararam para pensar sobre isso?
Já se deram conta?

A coisa acontece e de repente zapt! Some.

As informações duram alguns meses, o descontentamento explode como uma ferida inflamada cheia de pus e depois Ploft... Some.

Não que eu não ache válido tudo isso que ando vendo, mas é só paliativo, de momento e depois todo mundo passa uma borracha e só espera a nova onda de indignação chegar.

O povo esta virando uma espécie de antivírus teleguiado e muito mal guiado.

O que estou querendo escrever é que se você vai participar de algo PARTICIPE não fique só de onda na moda e depois jogue a informação na lata do lixo.

Eu tenho amigos negros que estão indignados com essa história da banana. O que o jogador fez foi ter atitude e provou isso na frente de todo o mundo, TODO O MUNDO MESMO. Mas foi um começo, para dar uma tapa na cara de quem jogou. O cara que jogou a amarelinha (a banana) deve estar até agora sentindo se constrangido, aparentemente não, mas no seu interior tenham certeza, esse cara está abalado. Acreditem nisso.

Porém e há sempre um, porém.

Existe um povo que praticamente esquece que semanalmente comete o ato de racismo sem nem se dar conta e agora aparece na rede internética (é assim que chamo carinhosamente a internet), posando de ativista, de membro da causa!

O racismo, o preconceito não está só em chamar o cara de negro ou jogar uma banana. Existem inúmeras maneiras de sermos preconceituosos com alguém e o pessoal nem se da conta do quanto é racista a ponto de poder ser processado ou sofrer uma agressão perambulando por ai! Mas o que espanta é o modismo.

Pessoal...

A grande maioria do povo está de léro léro.


O pessoal está de mi mi mi por que o cara da bola da vez postou uma coisa legal e começou mais uma de suas correntes totalmente maquinadas para que ele se promova. É legal da parte do cara? Sim.
Mas ele fez e pronto.
Bóra para a rua trabalhar tentado da melhor maneira possível colocar o recado em pratica e partir para mais uma etapa da vida. Ter atitude. Não esquecer de exercer a igualdade das raças.
A banana nunca foi tão ovacionada em sua longínqua existência, porém também faz parte da forma (e não se esqueçam disso), de um troféu para uma porção de gente por ai que tem uma perda de memória recente e daqui a dez dias estará blasfemando em algum sinal de trânsito ou praguejando com alguém:
- Alá! Olha! Tinha que ser um macaco mesmo!
Desafio que você não conheça um cidadão que seja desse jeito e está lá hoje com a foto da banana na mão.
Fica o meu ponto de vista!
Assimilem a mensagem do rapaz e a coloquem em prática.
Não deixem que seja uma moda passageira.
Vista a camiseta da causa por um mundo melhor e igualitário entre as pessoas, mas sem promover alguém que só quer aumentar o ibope de sua boa imagem.
Mas repito.
Isso é o que eu penso!
E olha que estamos deixando de lado os assuntos como preconceito homossexual e a onda do estupro.
Mas isso é outro assunto para outra postagem!

Um forte abraço e até!

terça-feira, 29 de abril de 2014

A Retina Chora.


Por: Carlos Grison.


Os olhares andam vagos
Eu pude perceber
Quando passei pela calçada
Vendo as roupas velhas amarrotadas
Sentindo o cheiro da madeira
Se espalhando com o vento
Estalando a retina
Ferroando o peito
Esfriando a serpentina dos pensamentos
Calando-me a rouca voz
Visualizei então um quadro
De breu e naftalinas
Onde as crianças
Dançavam suas cirandas
Restando agora apenas
Mendigos gigolôs
Ali na deserta esquina
Onde os cães já não ladram
E as pessoas já não passam
Por medo da adrenalina
Que é ver o pobre coitado
Com a sua xicara de ideias vazia
Onde o cidadão que outrora era conde
Agora não passa de osso e roupas amontoadas
E de repente
Um aplauso
Juro
Escutei um aplauso
Quando me dei por conta do som
Nada pude avistar
Pelo picadeiro porco
Sujo desorganizado
Do cheiro amadeirado
Dos pobres coitados
E ali no breu da indulgencia
Bati continência para o nada
O nulo
O abstrato
Na esquina endiabrada
Onde o cara que era conde
Agora não passa de trapos
Lembranças destroçadas
Das histórias mal contadas
Do cidadão ali sentado a beira da calçada

Enxaqueca.


Por: Carlos Grison.


Mas o quê...
De onde veio
Fez os dentes tremerem
O dia ficar feio
Será...
Que foi por causa do pesadelo
Ou foi pela lágrima
Que molhou o meu travesseiro
Que dor...
Que migra para os olhos  meus
Faz com que eu perca o foco
Embaralha a minha vista
Por que justo hoje
Você...
Foi aparecer
Justo hoje
Que seria o dia
Que eu iria dizer
O quanto ela é linda
Que alegra minha vida
O quanto eu a queria
Maldita tão mal quista
Eu te amaldiçoo
Va para o raio que a parta
Desprezível enxaqueca

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Sem Voz para a Imagem.



Por: Carlos Grison.

Sumiu
E com ela o meu brilho ofuscou
Logo agora que o diálogo começou

Queria eu
Saber um pouco mais
Saber como é o chão que o meu corpo nunca tocou

Será talvez
Que é para mudar de vez
Devo sucumbir a toda essa falta de amor

Acinzentando esse pobre coração
Que nessa vida pouco vi ele sorrir
Enterrando de vez qualquer chance de ilusão
Acabando com o sonho de encontrar alguém para ser e fazer feliz

Sumiu então
Para que lado foi
Tudo acaba sem nem começar

Os meus ouvidos
Ficaram só curiosos
Sem ter a voz para que pudessem lembrar

Talvez justificando com o tom
Da voz da imagem
Que não quis se revelar

Acinzentando esse pobre coração
Que nessa vida pouco vi ele sorrir
Enterrando de vez qualquer chance de ilusão
Acabando com o sonho de encontrar alguém para ser e fazer feliz 

Quebrado.


Por: Carlos Grison.


Quebrado
Incrivelmente destroçado
Humilhado
Procurando os pés no chão

Por isso eu criei essa canção
Para que talvez você a escute meu irmão
Possa apontar alguma direção
Para que eu largue esse fardo e quem sabe possa ser feliz

Por que eles não entendem
Que o que tanto procuro
Não possui preço
Não pode ser comprado

E de teimoso eu componho outra canção
Só por pirraça por prazer por pura paixão
Para que eles saibam que até podem me ferir
Mas eu sigo em frente no bem me quer no bem me quis

Mesmo estando quebrado
Visivelmente destroçado
Eu sigo em frente com meu coração na mão
Levando socos ponta pés de supetão

Eu sigo escrevendo mais uma canção
Só por pirraça por prazer por pura paixão
Para que eles saibam que até podem me ferir
Mas eu sigo em frente no bem me quer no bem me quis 

sexta-feira, 25 de abril de 2014

A Foto e o Fato.



Por: Carlos Grison.


O fato é que vi a foto e a saudade alterou tudo...
O olhar ficou vago...
E o suspiro foi profundo.

Se Houver Que Entre em Contato.



Por: Carlos Grison

Incabível aos pensamentos meus
Qual é o medo do uso da transparência
Qual o motivo de não se fazer entender?

As pessoas cobrem se com tecidos velhos
Repletos de falta de sinceridade
Medo da verdade?
De usá-la quando necessário?

Será que julgam os outros por si mesmos?
Ou foram tão maltratadas
Que quando há a chance de serem diferentes
Ficam mudas ai escondem-se e até mentem?

Qual o mistério?
Ser correto é tão terrível assim?
Ai de mim um dia atolar-me nessa lama
Prefiro o caminho verdadeiro

Passar por arrogante e falar o que penso
Mesmo que o preço seja alto
Sigo com o peito aberto
Sem receio da clareza

Pergunto novamente qual a grande dificuldade?
O que impele que as pessoas
Façam uso da boa vontade
Não magoando umas as outras?

Entristece-me
Não me cabe
E fica aquela pergunta no ar martelando e indagando sempre
Será que há quem se salve?

Se houver...
Se é que me entendem
Não fique na encolha
Entre em contato urgentemente


quinta-feira, 24 de abril de 2014

Mantendo o Equilíbrio.


Por: Carlos Grison.


Às vezes matuto sobre a ciência
Sobre tudo que ela pode nos explicar
Mas eu não sei não viver só da razão
É uma coisa bem difícil para suportar

Às vezes penso no catolicismo
Sobre o ensinamento da comunhão
Mas o que eu vejo não é bem isso
Então procuro manter os meus pés no chão

Às vezes matuto sobre Darwin
Sobre a teoria da evolução
Para mim tem muito do sentido
Mas ainda não sei se é isso não

Às vezes leio sobre o budismo
Sobre esse lance de meditação
Mas eu não sei não é muito silêncio
Para um cara como eu que curte um Rock in Roll

Às vezes eu acho que não é preciso
A gente sempre atrás de explicação
As vezes eu penso que não é necessário
A gente sempre atrás de salvação

Às vezes eu me irrito com o islamismo
Sobre tudo o que envolve o alcorão
Não quero parecer muito sabido
Mas esses caras não interpretaram certo esse livro não

Às vezes penso que a liberdade
Seria nossa grande solução
Mas lembro dos irmãos que usam da crueldade
E maltratam seus iguais sem dor em seus corações

Às vezes eu penso que é violento demais
Como é que pode um bicho tão malvado ter um coração
Às vezes eu acho que não faz sentido
Como é que pode um bicho tão desalmado ter um coração

Bobo.


Por: Carlos Grison.


Bobo por bobo sou vela
Bobo por bobo sou mar
Bobo por bobo quem dera
Bobo por acreditar

Bobo por bobo sou fera
Bobo por bobo sou lar
Bobo que sempre espera
Bobo por acreditar

E assim...
Vou me bobeando
Bobo no ar
Bobo a cantar
Bobo por sempre esperar
Bobo por acreditar

E eu que um tanto bobo louco rouco e tosco
Vivo a procurar
Alguma boba que seja tão louca
E um bobo como eu queira amar

E eu que sou louco por estrelas
Me contento com o luar
E eu que sou bobo pela areia
Me apaixono pelo mar

E assim...
Vou me bobeando
Sempre a cantar
Bobo no ar
Bobo por sempre acreditar
Bobo por sempre esperar