Páginas

sábado, 25 de agosto de 2012

Porta Retrato.



 
Foi
Nem vi
Parece que ainda está aqui
Que ainda posso tocar  

Sei não
Mas acho que o porão ainda anda repleto daqueles móveis velhos, antigos
Também nem sei se quero limpar
Ou me desfazer deles 

É
Talvez os deixe ali um tanto bom a mais de tempo
Afinal eles me foram tão úteis enquanto usados
E agora os vendo ali “usados” me atento aos detalhes do passado 

Cada lembrança uma história
Cada história um sentimento
Para cada sentimento um sujeito
E para tantos apenas uma história com amor  

É incrível
É impressionante
Que de todos esses móveis estantes tapetes cômodas acomodadas no porão
Seja um pequeno porta retrato vazio que esmoreça meu coração
 

Fito o olhar ao chão
Lento e relutante fecho a porta calmo com a respiração ofegante
O porão ali eu lacro
O tranco por mais um tempo
Até que a imagem do porta retrato vazio
Suma de vez de minha imaginação

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Aguardando.



As palavras me fugiram
Não a rimas os assuntos todos se foram
Esquisito...
Eu que tenho tanto a escrever

Mas por aí vai
Fico aqui sentado
A esferográfica uma hora como antena
Capta alguma coisa no ar

E aí sim acontece alguma coisa com esse papel em branco
Nasce algum poema
Talvez nasça uma canção
Ou simples verso para acalmar o coração

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Vagarinho.



Eu quero ver a gente bem pertinho
Você e eu dançando vagarinho
Não importa onde esteja eu sei que é certo
O importante é ficarmos por perto

Não quero ficar sem você um instante
Repito isso com alto falantes
Farei então uma declaração
Pra vagarinho conquistar teu coração

Não interessa o tempo que leve
É vagarinho para que não seja breve
Não interessa que me descabele
O importante é que não seja breve