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quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Ode ao Vento.


Analisando suas qualidades e seus defeitos
Perambulando insatisfeito
Indaga o vento cansado
Às areias a beira mar

Qual seria o seu defeito
O que teria ele de errado
Ele um tanto quanto avoado
Que as vezes nervoso claro

Sem querer derruba árvores casas postes
Porém na maior parte de seu tempo
Quase sempre moleque
Venta nossos rostos e cabelos com suas danças inusitadas

Teria então ele a pior das sortes
Ser um anjo que destrói
Que acaricia e também é amigo
Nunca em sua existência poder realmente ser visto

Deixando-nos curiosos
Muitas vezes até medrosos
Em nossas casas a sós
Escutando apenas como assinatura entre as frestas das janelas
O lamento de sua voz

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