Foi
Nem vi
Parece que ainda está aqui
Que ainda posso tocar
Sei não
Mas acho que o porão ainda anda repleto daqueles móveis velhos,
antigos
Também nem sei se quero limpar
Ou me desfazer deles
É
Talvez os deixe ali um tanto bom a mais de tempo
Afinal eles me foram tão úteis enquanto usados
E agora os vendo ali “usados” me atento aos detalhes do
passado
Cada lembrança uma história
Cada história um sentimento
Para cada sentimento um sujeito
E para tantos apenas uma história com amor
É incrível
É impressionante
Que de todos esses móveis estantes tapetes cômodas
acomodadas no porão
Seja um pequeno porta retrato vazio que esmoreça meu coração
Fito o olhar ao chão
Lento e relutante fecho a porta calmo com a respiração ofegante
O porão ali eu lacro
O tranco por mais um tempo
Até que a imagem do porta retrato vazio
Suma de vez de minha imaginação