sexta-feira, 30 de março de 2012
Circenciando.
Ele assovia melodias novas
Ele traz boas novas para aqueles que o vê
Ele é açoite em noite de clareio
Um justiceiro para quem não quer sofrer
Ajusta os passos com o compasso do piano
E gargalhando com euforia quase insano
Entoa um canto desconhecido a todos
Salientando a escuridão da sala
Como um esnobe se joga no sofá
Com seus sapatos imundos da labuta
Refestelando sua cabeça no antebraço
Ao som de um tango que a muito não escutava
Então levanta vai de encontro ao para peito
Já satisfeito do descanso vespertino
Entoa um grito beirando o desespero
Anunciando que estava então desperto
Ele se banha veste sua roupa de pompa
Está sem destino mal sabe o que fazer
Sorri e apenas acena da janela
Para as pessoas que passavam na calçada
Abre a porta como um duque devotado
Em punho uma bengala com detalhes de marfim
Calmamente perambula pela cidade
Espantando as tristezas e afins
Por onde passa provoca gargalhada
O seu olhar está repleto de emoção
E invocando um berro atordoado
Vai o palhaço entoando sua canção
sexta-feira, 23 de março de 2012
Mudanças.
E eu que amava tanto a noite
Agora idolatro o dia
A claridade me conforta
Não esconde nada
É sincera
E eu que amava tanto a noite
Agora idolatro o dia
A claridade me conforta
Não esconde nada
É sincera
E quando chega a primavera
Com a amiga manhãzinha
Meus olhos se enchem d´água
Que só o sol pode mostrar
Meus olhos se enchem d´água
Que só o sol pode mostrar
E quando chega a manhãzinha
Com a amiga primavera
Nesse ciclo que se encerra
Dominando o meu pesar
E eu que amava tanto a noite...
Fado da Tristeza.
quarta-feira, 21 de março de 2012
A Arte da Guerra.
sexta-feira, 16 de março de 2012
quinta-feira, 15 de março de 2012
Balada da Louca.
Ela colhe flores mortais
desliza gentil entre gramas e violetas
Rega as orquídeas voltando ao tempo de criança
Dançando entre campos infinitos de avelãs
Ela sorri para a lua
Enquanto entoa cantos contra a claridade do sol
Ela salta por escombros cálidos
Usando um manto cálido desejando marzipãs
Ama tudo que é de cetim e sofás aveludados
“Absintasse” de tudo e todos ao seu redor
Fragiliza o contente imortaliza o indecente
Ela é opositora incansável da razão
Observa com a pompa de uma rainha
Um punhado de areia usando um olhar de anciã
Flutua em seus sonhos incoerentes
Sem entender que essa alegria é um refúgio sombrio e triste
Ela gira... E gira... E gira... Anti-horária... e ela gira
Cavalga o vento com seus lençóis
Girando na ciranda cirandando dançando
Para alcançar o que sempre sonhou
Ela chora... E chora... E chora... Anti-alegria
Ela sabe que estando por ali a levitar
Evita que a lágrima toque o chão
Mas quem por alí passa
logo escuta a indagação
- Pois não minha senhora?
- Pois sim meu senhor! Seria aquela minha lágrima bailarinando sobre o chão?
Clarice Lispector.
Volta e meia fico lendo as frases de Clarice Lispector.
Lembro que havia parado de escrever quando mudei do Rio Grande do Sul para o Paraná. Um dia lí algumas coisas de Clarice e de imediato voltei a fazer esboços de letras, textos e lentamente voltei a praticar essa terapia que tanto me faz bem.
Claro que não viciei em ler as obras primas da amada Clarice, mas quando esbarro com ela sempre tenho aquela sensação de: Mas como que pode?! Que menina porreta!
Segue uma que gosto muito.
Abraços a todos!
"É sempre assim que acontece - quando a gente se revela, os outros começam a nos desconhecer." (Clarice Lispector)
segunda-feira, 12 de março de 2012
Amor Covarde.
Amor covarde é esse
Que mais apanha do que bate
Amor covarde é esse
Que não fere mas arde
Tudo complica sempre
E sempre é muito tempo demais
Para acabar com esse léro léro
De que agora eu quero depois não quero mais
Amor covarde é esse
Que some sempre para depois voltar
Amor covarde é esse
Que promete e não e faz nada para mudar
Tudo é tão complicado
Quando poderia ser simples assim
Resolver tudo em um abraço
Perdoando mesmo sabendo do fim
Amor covarde é esse
Que causa ciúme para discussão
Amor covarde é esse
Que fica em silêncio para ter razão
Agora eu tenho uma novidade
Para mudar esse quadro grotesco
O lema agora é simplicidade
Para resolver todos esses contra-tempos
sábado, 10 de março de 2012
Tirinha: Uma Coisa e Outra. Por: Coy Moraes.
quarta-feira, 7 de março de 2012
O Livro do Fim do Mundo!
O que você faria se o mundo fosse acabar em uma hora?
As regras para você participar desse projeto são as seguintes:
1. Não revele a causa do fim do mundo. Seu personagem pode saber (ou não), mas a causa não pode ser explicitada no seu texto.
2. O mundo acabará exatamente às 17h15min (horário de Brasília) do dia 21/12/2012 e seu personagem tomará conhecimento disso uma hora antes, ou seja, 16h15min. O que ele fará?
3. Você tem 20 mil caracteres para contar sua história (incluindo espaços).
4. Na sua área de trabalho você encontrará espaço para salvar seu texto, ler, analisar, e assim envia-lo somente quando tiver certeza que ele está pronto.
Abaixo segue o link do texto que consegui postar no site:
http://www.olivrodofimdomundo.com.br/ler
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