quinta-feira, 15 de março de 2012
Balada da Louca.
Ela colhe flores mortais
desliza gentil entre gramas e violetas
Rega as orquídeas voltando ao tempo de criança
Dançando entre campos infinitos de avelãs
Ela sorri para a lua
Enquanto entoa cantos contra a claridade do sol
Ela salta por escombros cálidos
Usando um manto cálido desejando marzipãs
Ama tudo que é de cetim e sofás aveludados
“Absintasse” de tudo e todos ao seu redor
Fragiliza o contente imortaliza o indecente
Ela é opositora incansável da razão
Observa com a pompa de uma rainha
Um punhado de areia usando um olhar de anciã
Flutua em seus sonhos incoerentes
Sem entender que essa alegria é um refúgio sombrio e triste
Ela gira... E gira... E gira... Anti-horária... e ela gira
Cavalga o vento com seus lençóis
Girando na ciranda cirandando dançando
Para alcançar o que sempre sonhou
Ela chora... E chora... E chora... Anti-alegria
Ela sabe que estando por ali a levitar
Evita que a lágrima toque o chão
Mas quem por alí passa
logo escuta a indagação
- Pois não minha senhora?
- Pois sim meu senhor! Seria aquela minha lágrima bailarinando sobre o chão?
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