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segunda-feira, 28 de maio de 2012

Efervescência III.


Eis então que a primeira lágrima surge
Anuviando seus olhos que antes eram somente brilho
E rompendo o silêncio com volume esplêndido
Escuta se um grito com tom de ira e dor

Já não contém suas emoções
E aquele que era calmo sereno diante do tempo
Agora esbraveja ensandecido ao mundo
Despejando aos quatro cantos sua dor e solidão

Já não era tempo alguns comentavam aos arredores
No mundo não haveria uma criatura tão equilibrada
Desprovida de dor rancor
Desprovida da saudade

Era então a atração dos ouvidos curiosos
Seus gritos estrondosos agora não sessavam mais
Era o epílogo de uma vida equalizada
A nova era de uma alma perturbada



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