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quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Demência II.



Uma mão se estende
Ele mal consegue abrir seus olhos
O que teria acontecido com a chama de seu peito
Por onde andaria sua sobriedade

Que teria ele feito na ausência de sua lucidez
Estivera longe
Estivera perdido
Um grito... Um grito se expande pelo corredor úmido

A mão o guia e ele mal percebe as cores da parede
Somente sente a umidade no ar
A respiração ofegante de seu bem feitor desconhecido
Sente que estivera perdido há muito tempo

Como não se conhecesse mais
Como se não reconhecesse o som da própria voz
Ele murmura... Quase um suspiro...
Onde estaria...

O que fizera nessa alongada falta de consciência
Onde estaria sua família em meio a essa turbulência
Por que estaria descalça
Teria ele livrado se de sua demência

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