Páginas

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Toada.



Peito zero
Nem uma palavra rimada
Não tem acerto ou desespero
Tudo está como deixei

Não há canção
Não existe tempo certo
Não me parece correto
O incerto incomoda

Estou sem frases
Acredite quemossabe
As paragens se extinguiram
Tornei-me então um andarilho

E o sol ardente
Reluzente em minha pele
Que me queima e envelhece
Canta a toada da manhã

E na pirraça
Não me resta uma desgraça
A lembrança vem de graça
Quase como um talismã

Nenhum comentário:

Postar um comentário