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quarta-feira, 30 de abril de 2014

Solitude.


Por: Carlos Grison.

Aqui olhando para a chuva que traça as suas partituras majestosas por onde cai, penso nos dias de minha solitude.

Não.

Não pense que eu estou sentindo-me triste, nostálgico. Ela foi minha melhor amiga em tempos amargos onde minhas paredes viraram companheiras de meu choro ácido e derradeiro, tornando-se espectadoras dos sonhos meus.

Ela que sempre manteve se amiga agora anda longe e o preço é alto por ter ficado tão intimo dessa fiel companheira.

Sinto falta do silêncio brotando-me aos ouvidos e poder tocar nas cordas de meu violão imaginando que minhas canções nalgum dia encontrariam seus pertencentes.

Sinto falta das noites em que a lua ali nua, crua de seus sentimentos inspirava um quadro inteiro de serenas paragens aos olhos meus. E claro ela sempre ali. Minha fiel escudeira. Assim como a chuva é para a nuvem e o mar é para o sal... Completos.

Saudades de minhas alusões e ensaios sobre a vida que caminha em finas tiras até chegar ao seu fim que de mim penso ainda estar longe.

Minha querida amiga anda distraída.

Mas logo dará o ar da sua graça e aqui eu calo e apenas a espero.

Em silêncio como sempre eu espero.

Mantendo-me calmo. Assertivo em minhas palavras e mais cuidadoso ainda com meus pensamentos.

Por que dela já não mais dependo, mas toda vez que tento aproximar-me de alguém que desperta o meu interesse, lembro-me  de minha querida amiga perene e eu tento, eu juro que tento não boicotar os sentimentos para que com a solitude eu possa viver somente o fim do meu tempo.

Paro Olho Escuto e Escrevo.




Por: Carlos Grison

Estou aqui pensando cá com meus botões, que gostaria de ver as pessoas atuando no palco da vida com mais atitude e menos firula! Sabe firula? Encenação? Faz de conta?

Ando prestando atenção nos movimentos da moçada Brazuca e confesso que não ando muito contente com as conclusões nas quais tenho tido o desprazer de chegar.

Somos todos macacos?

Discussãozinha meio retrógrada essa não é pessoal?

Estou aqui matutando e calculando os anos que o mundo (o globo, esse planeta que chamamos de terra), ainda vive essa realidade do racismo que vem lá de antes de cristo e lá vai pedrinha e a moçada ao invés de ter atitude e realmente mudar, fica nessa de postar fotos, fica nessa de meter a boca no trombone e não percebe que está surfando na malha da moda que se espalha mais rápido que napalm corroendo apele e queimando a alma.

Tudo que estou vendo e lendo nas redes sociais, jornais (aquele de papel que você compra nas bancas sabe? Sim existe viu?! E forma opinião. Ainda tem jornal ((aquele de papel)) bom por ai), me arremete a um sentimento de moda!

Já pararam para pensar sobre isso?
Já se deram conta?

A coisa acontece e de repente zapt! Some.

As informações duram alguns meses, o descontentamento explode como uma ferida inflamada cheia de pus e depois Ploft... Some.

Não que eu não ache válido tudo isso que ando vendo, mas é só paliativo, de momento e depois todo mundo passa uma borracha e só espera a nova onda de indignação chegar.

O povo esta virando uma espécie de antivírus teleguiado e muito mal guiado.

O que estou querendo escrever é que se você vai participar de algo PARTICIPE não fique só de onda na moda e depois jogue a informação na lata do lixo.

Eu tenho amigos negros que estão indignados com essa história da banana. O que o jogador fez foi ter atitude e provou isso na frente de todo o mundo, TODO O MUNDO MESMO. Mas foi um começo, para dar uma tapa na cara de quem jogou. O cara que jogou a amarelinha (a banana) deve estar até agora sentindo se constrangido, aparentemente não, mas no seu interior tenham certeza, esse cara está abalado. Acreditem nisso.

Porém e há sempre um, porém.

Existe um povo que praticamente esquece que semanalmente comete o ato de racismo sem nem se dar conta e agora aparece na rede internética (é assim que chamo carinhosamente a internet), posando de ativista, de membro da causa!

O racismo, o preconceito não está só em chamar o cara de negro ou jogar uma banana. Existem inúmeras maneiras de sermos preconceituosos com alguém e o pessoal nem se da conta do quanto é racista a ponto de poder ser processado ou sofrer uma agressão perambulando por ai! Mas o que espanta é o modismo.

Pessoal...

A grande maioria do povo está de léro léro.


O pessoal está de mi mi mi por que o cara da bola da vez postou uma coisa legal e começou mais uma de suas correntes totalmente maquinadas para que ele se promova. É legal da parte do cara? Sim.
Mas ele fez e pronto.
Bóra para a rua trabalhar tentado da melhor maneira possível colocar o recado em pratica e partir para mais uma etapa da vida. Ter atitude. Não esquecer de exercer a igualdade das raças.
A banana nunca foi tão ovacionada em sua longínqua existência, porém também faz parte da forma (e não se esqueçam disso), de um troféu para uma porção de gente por ai que tem uma perda de memória recente e daqui a dez dias estará blasfemando em algum sinal de trânsito ou praguejando com alguém:
- Alá! Olha! Tinha que ser um macaco mesmo!
Desafio que você não conheça um cidadão que seja desse jeito e está lá hoje com a foto da banana na mão.
Fica o meu ponto de vista!
Assimilem a mensagem do rapaz e a coloquem em prática.
Não deixem que seja uma moda passageira.
Vista a camiseta da causa por um mundo melhor e igualitário entre as pessoas, mas sem promover alguém que só quer aumentar o ibope de sua boa imagem.
Mas repito.
Isso é o que eu penso!
E olha que estamos deixando de lado os assuntos como preconceito homossexual e a onda do estupro.
Mas isso é outro assunto para outra postagem!

Um forte abraço e até!

terça-feira, 29 de abril de 2014

A Retina Chora.


Por: Carlos Grison.


Os olhares andam vagos
Eu pude perceber
Quando passei pela calçada
Vendo as roupas velhas amarrotadas
Sentindo o cheiro da madeira
Se espalhando com o vento
Estalando a retina
Ferroando o peito
Esfriando a serpentina dos pensamentos
Calando-me a rouca voz
Visualizei então um quadro
De breu e naftalinas
Onde as crianças
Dançavam suas cirandas
Restando agora apenas
Mendigos gigolôs
Ali na deserta esquina
Onde os cães já não ladram
E as pessoas já não passam
Por medo da adrenalina
Que é ver o pobre coitado
Com a sua xicara de ideias vazia
Onde o cidadão que outrora era conde
Agora não passa de osso e roupas amontoadas
E de repente
Um aplauso
Juro
Escutei um aplauso
Quando me dei por conta do som
Nada pude avistar
Pelo picadeiro porco
Sujo desorganizado
Do cheiro amadeirado
Dos pobres coitados
E ali no breu da indulgencia
Bati continência para o nada
O nulo
O abstrato
Na esquina endiabrada
Onde o cara que era conde
Agora não passa de trapos
Lembranças destroçadas
Das histórias mal contadas
Do cidadão ali sentado a beira da calçada

Enxaqueca.


Por: Carlos Grison.


Mas o quê...
De onde veio
Fez os dentes tremerem
O dia ficar feio
Será...
Que foi por causa do pesadelo
Ou foi pela lágrima
Que molhou o meu travesseiro
Que dor...
Que migra para os olhos  meus
Faz com que eu perca o foco
Embaralha a minha vista
Por que justo hoje
Você...
Foi aparecer
Justo hoje
Que seria o dia
Que eu iria dizer
O quanto ela é linda
Que alegra minha vida
O quanto eu a queria
Maldita tão mal quista
Eu te amaldiçoo
Va para o raio que a parta
Desprezível enxaqueca

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Sem Voz para a Imagem.



Por: Carlos Grison.

Sumiu
E com ela o meu brilho ofuscou
Logo agora que o diálogo começou

Queria eu
Saber um pouco mais
Saber como é o chão que o meu corpo nunca tocou

Será talvez
Que é para mudar de vez
Devo sucumbir a toda essa falta de amor

Acinzentando esse pobre coração
Que nessa vida pouco vi ele sorrir
Enterrando de vez qualquer chance de ilusão
Acabando com o sonho de encontrar alguém para ser e fazer feliz

Sumiu então
Para que lado foi
Tudo acaba sem nem começar

Os meus ouvidos
Ficaram só curiosos
Sem ter a voz para que pudessem lembrar

Talvez justificando com o tom
Da voz da imagem
Que não quis se revelar

Acinzentando esse pobre coração
Que nessa vida pouco vi ele sorrir
Enterrando de vez qualquer chance de ilusão
Acabando com o sonho de encontrar alguém para ser e fazer feliz 

Quebrado.


Por: Carlos Grison.


Quebrado
Incrivelmente destroçado
Humilhado
Procurando os pés no chão

Por isso eu criei essa canção
Para que talvez você a escute meu irmão
Possa apontar alguma direção
Para que eu largue esse fardo e quem sabe possa ser feliz

Por que eles não entendem
Que o que tanto procuro
Não possui preço
Não pode ser comprado

E de teimoso eu componho outra canção
Só por pirraça por prazer por pura paixão
Para que eles saibam que até podem me ferir
Mas eu sigo em frente no bem me quer no bem me quis

Mesmo estando quebrado
Visivelmente destroçado
Eu sigo em frente com meu coração na mão
Levando socos ponta pés de supetão

Eu sigo escrevendo mais uma canção
Só por pirraça por prazer por pura paixão
Para que eles saibam que até podem me ferir
Mas eu sigo em frente no bem me quer no bem me quis 

sexta-feira, 25 de abril de 2014

A Foto e o Fato.



Por: Carlos Grison.


O fato é que vi a foto e a saudade alterou tudo...
O olhar ficou vago...
E o suspiro foi profundo.

Se Houver Que Entre em Contato.



Por: Carlos Grison

Incabível aos pensamentos meus
Qual é o medo do uso da transparência
Qual o motivo de não se fazer entender?

As pessoas cobrem se com tecidos velhos
Repletos de falta de sinceridade
Medo da verdade?
De usá-la quando necessário?

Será que julgam os outros por si mesmos?
Ou foram tão maltratadas
Que quando há a chance de serem diferentes
Ficam mudas ai escondem-se e até mentem?

Qual o mistério?
Ser correto é tão terrível assim?
Ai de mim um dia atolar-me nessa lama
Prefiro o caminho verdadeiro

Passar por arrogante e falar o que penso
Mesmo que o preço seja alto
Sigo com o peito aberto
Sem receio da clareza

Pergunto novamente qual a grande dificuldade?
O que impele que as pessoas
Façam uso da boa vontade
Não magoando umas as outras?

Entristece-me
Não me cabe
E fica aquela pergunta no ar martelando e indagando sempre
Será que há quem se salve?

Se houver...
Se é que me entendem
Não fique na encolha
Entre em contato urgentemente


quinta-feira, 24 de abril de 2014

Mantendo o Equilíbrio.


Por: Carlos Grison.


Às vezes matuto sobre a ciência
Sobre tudo que ela pode nos explicar
Mas eu não sei não viver só da razão
É uma coisa bem difícil para suportar

Às vezes penso no catolicismo
Sobre o ensinamento da comunhão
Mas o que eu vejo não é bem isso
Então procuro manter os meus pés no chão

Às vezes matuto sobre Darwin
Sobre a teoria da evolução
Para mim tem muito do sentido
Mas ainda não sei se é isso não

Às vezes leio sobre o budismo
Sobre esse lance de meditação
Mas eu não sei não é muito silêncio
Para um cara como eu que curte um Rock in Roll

Às vezes eu acho que não é preciso
A gente sempre atrás de explicação
As vezes eu penso que não é necessário
A gente sempre atrás de salvação

Às vezes eu me irrito com o islamismo
Sobre tudo o que envolve o alcorão
Não quero parecer muito sabido
Mas esses caras não interpretaram certo esse livro não

Às vezes penso que a liberdade
Seria nossa grande solução
Mas lembro dos irmãos que usam da crueldade
E maltratam seus iguais sem dor em seus corações

Às vezes eu penso que é violento demais
Como é que pode um bicho tão malvado ter um coração
Às vezes eu acho que não faz sentido
Como é que pode um bicho tão desalmado ter um coração

Bobo.


Por: Carlos Grison.


Bobo por bobo sou vela
Bobo por bobo sou mar
Bobo por bobo quem dera
Bobo por acreditar

Bobo por bobo sou fera
Bobo por bobo sou lar
Bobo que sempre espera
Bobo por acreditar

E assim...
Vou me bobeando
Bobo no ar
Bobo a cantar
Bobo por sempre esperar
Bobo por acreditar

E eu que um tanto bobo louco rouco e tosco
Vivo a procurar
Alguma boba que seja tão louca
E um bobo como eu queira amar

E eu que sou louco por estrelas
Me contento com o luar
E eu que sou bobo pela areia
Me apaixono pelo mar

E assim...
Vou me bobeando
Sempre a cantar
Bobo no ar
Bobo por sempre acreditar
Bobo por sempre esperar

quarta-feira, 23 de abril de 2014

Ciranda Apaixonada.


Por: Carlos Grison.


Olá menina
Bom dia para você
Que parece estar tão longe
Mesmo sem saber que está tão perto

Bom dia
Sua voz não suavizou
Não deu o ar da graça
Aos meus curiosos ouvidos

Tenha um bom dia
Sabendo em teu intimo
Que estou cativo aos olhos teus
E ao teu sorriso

Eu viro menino
Quando recebo noticias suas
Mesmo quando fica algum tempo em silêncio
Permaneço menino dançando nas linhas do vento

E como já faz frio
Queria mesmo era lhe abraçar
Para aquecer com zelo
O frio no rosto teu

Então vou virar moço
Com sorriso sincero
Ao lhe ter ali amparada
Em meus braços

Bom dia para você
Minha possível graça
Espero que estejas
Em paz como eu

Afinal vai saber o que se passa
Se foi o destino mesmo quem nos escolheu
E se for seja bem vinda
Você ao meu lado eu ao lado teu

terça-feira, 22 de abril de 2014

De Coração Partido Por Não Te Ver Feliz


Por: Carlos Grison. (Dedicado a Jujuba)


Eu...

Queria dar tudo de mim
Mas sei que não é tão fácil assim
Enquanto o mundo inteiro se desespera
Enquanto as almas aos nossos olhos pecam
E a vida nos prega uma peça
Alguns poucos de joelhos rezam
Implorando para não se esfolarem
Simplesmente não se entregarem
A tanta dor em meio à tanta confusão


Eu...

Queria dar tudo de mim
Mas sei que não é tão fácil assim
Fazer você simplesmente sorrir
Fazer com que esqueça o que é ruim

Para parar para respirar
Para parar para acreditar
Para parar para entender
Que daria tudo de mim
No mau me quer
No bem te quis
Só para lhe ver feliz
Eu lhe daria tudo de mim

Mesmo não sendo fácil assim
Podendo então até me quebrar
Inutilmente sem vencer
Mas por uma causa
Por um bem maior
Eu me quebraria
Por você 


Tudo Passa por Uma Calandra II.


Por: Carlos Grison. (Ps: lembre se. A inspiração para criar um poema nem sempre é a realidade em que autor vive)


Mesmo se ele tentasse lhe explicar
E conseguisse lhe fazer entender
Para que teus pensamentos aceitassem de vez
Que ele nunca foi uma pessoa ruim
Para que não o desejasse mau...

Fica uma única preocupação
Será que depois de conhecer o seu mundo
Conseguirias voltar para sua realidade sem sofreguidão
Conseguiria você saber distinguir o que mais é importante em sua vida
Conseguiria ver  tuas cores após sentir a intensidade do mundo que ele lhe mostrou

Saberia você olhar para o seu eu exterior e automaticamente
Não se abalar com o seu eu interior
Calandreis essa informação
Prepara bem teu coração e antes que diga que estará disposta a lhe conhecer de fato
Pense bem nessa paz em que te embebeda
Por que dessa alegria não beberás nunca mais 

Saudade Bamba.


Por: Carlos Grison.

Eu uso a força daquele que me guiou
Atento a tudo que ao meu lado despertar
O olho curioso daquele que quer
Encontrar algo mas não sabe procurar

Sinto saudades de Jabá e Micanô
Que sabem muito das malícias de viver
E justo agora que preciso de alguém
Que me aconselhe e saiba me acalmar

Por que eu uso a força daquele que me guiou
E de repente comecei a fadigar
E quem se cansa com certeza não consegue
Ter a destreza de perceber o que vê

Então parei um pouco para relaxar
Caminho longo sem tem alguém para conversar
Fechei os olhos e comecei a entender
Que quem labuta também deve descansar

Então pensei novamente em Jabá
Bateu forte a saudade de Micanô
Ali deitado consegui me recompor  
Pensando muito em quem sempre me ajudou

Agradecendo a todos que eu conheci
Que de alguma forma modelaram quem eu sou
Eles fazem parte da vida que vivi
E são presentes que a vida me deixou

Por isso hoje deu saudades de Jabá
O peito chora quando penso em Leonor
Sentindo falta da risada de Micanô
Sentindo o peso da falta de quem me amou

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Para Minha Doce Amiga.


Por: Carlos Grison. (Dedicada a minha eterna amiga e gentil Menina Del Fuego).


É menina eu sempre te vi com asas
Também a vi com Rosas e com a brasa a toda
Fogo nos olhos
Viva a todo vapor

Uma pena que durante algum tempo ficaste morna
Mas para quem é do comigo ninguém pode a coisa esquenta
E como é da tua essência o inevitável aconteceu
Você alçou voou e voou alto

Agora resta apenas manter altura
Fixar a mira e enrijecer a postura
Por que com a beleza que te brota e a inteligência que te guia
Nunca há de encontrar portas fechadas

É menina
Eu que sempre te via ávida e adouda para lamber a vida
Agora vejo a alçando voou
Acompanhando de longe tua alegria

Aproveite menina mulher
Pois a vida agora é toda tua
Faça dela o que quiser
Que seja neve em outono sol sombra ou lua

Mas não esquece que é só tua
Apenas tua a conquista
De uma caminhada linda sem aquele choro e a guarida
Que tanto antes te ardia

Voa minha menina linda
Voa calma e serena
Te balança pelas nuvens
Que daqui te observo e brilha minha retina

Índio.


Por: Carlos Grison.


É negro
É índio
Principio e fim
Cintilante intenso
Coeso
É pé descalço 
É sandália de couro
Diamante bruto
Brisa bem vinda
Voz ativa incandescente
Pinhão flecha abrindo a mente
Espalhando cavaco

É frio em noite de primavera
É flor em topo de cordilheira
Planta duvida em quem aliena
Espanta os ditos seres normais
Dos bossais não sente pena
É geleira no oceano indico
É pinhão flecha abrindo a mente
Espalhando o cavaco
Acordando gente
É negro
É intenso
É verdadeiro
É índio
Derradeiro
Do seu jeito límpido

Contando com os Sonhos.


Por: Carlos Grison.

Pois é
Algo aconteceu e ele nem percebeu
As conversas acabaram
A comunicação caiu por terra

Sem ver
Ficou isolado ali calado
Falando consigo mesmo
Quem imaginaria isso um dia

E ele ali
Na sua sala vazia
Procurando explicação
Para o que não entendia

Nem um recado
Nem um bilhete
Nem uma mensagem
Ninguém lhe enviou nada ali na sala vazia

Vai saber
O enigma da psique humana
Melhor ficar em silêncio
E responder ao único que lhe chama

O Sono

É o sono que lhe conta algumas histórias
Que lhe acalma a memória
Com seus sonhos de glórias

E sempre o sono o seu fiel companheiro
Dando-lhe hospedagem
Lhe dando conselhos

terça-feira, 15 de abril de 2014

Bicho Mau.


Por: Carlos Grison.


Pessoas
Seres Humanos estranhos
Sobra tanto de coisas que poderiam nos ser poucas
Falta tanto do que nos deveria ser muito

Tudo embaralhado
Os valores todos invertidos
Coisa de bichos esquisitos
Falando um fazendo dois

Decepciona demais
Amedronta e espanta
O medo me consome o tutano dos ossos
O bicho homem é medonho

Alivia saber que existam aqueles que se salvam
Com seus retratos seus poemas suas canções
Tentando de alguma forma tocar aqueles que possuem peitos repletos de cimento
Diante desse amontoado de serpentes de duas pernas

Homens
Seres Humanos estranhos
Sobra tanto de coisas que poderiam nos ser poucas
Faltando tanto do que nos deveria ser muito

Espanta
Causa-me medo
Tira-me o sono
Mata meu sossego 

Fantasia.


Por: Carlos Grison.

"Feliz do ser que é fantasioso.
Pois sempre haverá de se encantar em plenitude com tudo que lhe pareça perfeito"

Bom Dia.


Por: Carlos Grison.


Bom dia a brisa hoje esfriou
Aquele rosto que até ontem sorria
Vai saber por que o tempo assim mudou
Mas a vida segue o rumo continua

Bom dia apesar de o dia fazer frio
Faz uma bela manhã do lado de fora
Vai saber por que o dia funciona assim
O sol brilha mas é o frio que impera agora

Bom dia para aquele que se apaixonou
E fez gosto de mostrar o seu eu verdadeiro
Acordando ao lado do seu novo amor
Para ver o dia como ele realmente começou

Tenha um bom dia seu pedreiro seu pintor
Seu dentista médico e seu apicultor
Pois o dia apesar de fazer frio
É um belo dia para quem faz as coisas com amor

Vai saber por que as coisas mudam assim
Sem explicação sem ter direito a um entendimento
Mas continuo nesse caminho sem fim
Observando a beleza do dia por aqui

segunda-feira, 14 de abril de 2014

O Bárbaro Pseudo Intelectual.


Por: Carlos Grison.


Olá senhor pseudo intelectual
Estive pensando que um dia ainda você verá a vida como ela é
Por outro lado vai ser complicado e um tanto bem demorado
Já que você é igual a carrapato e bicho de pé

Suga de quem lhe ama e lhe cerceia
Dissimulando sua inércia com tentativas nulas de acerto
Plantando esperanças naqueles que acreditam em você
E você preocupado apenas com a sua carreira

Eu a você me derramo em agradecimentos
Já que vi seu crescimento e presencio hoje o que te tornastes
Um sopro cálido de nada feito e destino não cumprido
Zanzando pálido com sua pele de vampiro

Agradeço por ter enjaulado o monstro em mim
Sim naquele momento em que me apontaste o dedo
Chamando-me de lixo podre e coisas afins
Ali naquele momento pude ver em mim algo maior

Eu que já fui agressor trator turbulento
Máquina de raiva agora sinto-me calmo e nada incomodado
Foi você minha prova final
Meu teste de ser racional e emotivo

Para você deixarei apenas o dizimo da pena
Uma mente tão avida como a sua e tão inteligente
Deveria estar no páreo para algo grandioso
Ao invés de preocupar-se apenas com a sua carreira

Engraçado é que andam dizendo por ai
Que são os outros que investem em seu bolso
Enquanto você não passa de um peso morto
Que não produz não condiz com o que pensa

Você simplesmente não vale a ponta da pena
Já que para conseguir o que quer depende de terceiros
Falaste que é ativista da causa
Mas vejo-o apenas criando poeira e jogando-a ao vento

Pobre ser que acha que é apenas com conhecimentos e palavras que se constrói algo
As atitudes e o caráter se não usados desabonam qualquer ser que tem estudo
Por que a julgar pela inteligência até Hitler era dotado de tal destreza
Enquanto você se prende a um porão e para dar alguma pataquera precisa de empurrão

Pior que carro arriado
E ainda aparece com o dedo em riste praguejando e difamando
Muito cuidado ser leviano por que ao contrário de mim
Ainda encontrarás um daqueles que ainda se defendem com a mão

E aí sim ser umbigo
Quero ver qual será o tino da tua destreza
Diante de alguém que não conhece tua linhagem e assim por qualquer bobagem
Esfolará a tua pele fazendo com que crie alguma vergonha dentro de toda essa tua vadiagem