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quarta-feira, 2 de abril de 2014

As Horas Contadas de Um Tempo Perdido. (Canção para Stá)


Por: Carlos Grison.


Marca a página da poesia preferida
Limpa a capa do livro mais lido
Corre até a sacada para saber de onde veio o grito que a pouco escutou
Nada...

Volta ofegante para a poltrona
Já não lembra mais o que estava fazendo
Contenta se em fitar um quadro antigo de um preto velho
Que ganhara de um amigo que a muito não via

Tomou papel e caneta em suas mãos
E calmamente iniciou uma carta
- Querido amigo...
Era piegas demais

Amassou o papel
Dirigiu se ao telefone
Discou os números em seu aparelho antigo
Aguardou alguns momentos...

- Alô? Pedro?
- Aqui é o Alexandre. Como vai?
- Sim, sim. Tudo vai bem. Liguei para saber como andam as cousas.
- Certo. Também ando sem tempo até para conversar. Um abraço para você também.

Volta cabisbaixo para sua poltrona
Pensando que os anos foram velozes demais
Tomando a consciência que alguns erros serão irreparáveis
E as tentativas de reatar os laços com antigos amigos
Serão as horas contadas de um tempo perdido

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